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Em todos os casos, não imagino um, em que devo ter feito o que me conviria.

Parece absurdamente vaga, insalubre e até mesmo insignificante tal afirmação.

Mas até onde pude ir? Ou melhor, até onde eu quis ou qualquer coisa que seja me fosse interna me fez ir?

Motivação nada mais é do que um anseio que encontra um lugar, dentre muitos – uma pequena oportunidade para ser consumado.

Infância – vazio – e tudo o que veio depois continuou a sê-lo – simplesmente vazio.

Constrangedor é perceber vida em esgotos – pequenos lampejos direcionados para a luz – não uma luz demagogicamente tencionada, mas algo realmente sublime. Alguma coisa sinceramente boa – não-hipócrita. Natural...

Assim sendo, uma pequena questão se ergue: aqui dentro, haveria algo deste nível?

Não que seja algo psicologicamente dissecável, como uma simples, porém complexa rã. Como um simples mais disfarçado pedido de desculpas.

Mas algo que por si só, se remetesse a sua origem (claro, que preconcebendo a existência de Deus como criador)?

Mas por que doar características inanimadas a um ser que não detém esta perspectiva?

Algo facilmente destrutível, solúvel, fragmentável?

Compreende-se vivo, algo que mesmo não detentor de uma alma, no mínimo esteja no grupo dos possuidores de um princípio animante. Que no mínimo possa ser fiel a seus instintos. Mas que mesmo domesticado, ainda possa continuar a sê-lo.

Mas do que estou falando, de algo que nunca antes havia sido perguntado?

Mas me parece que a forma com que escrevo demonstra bem mais do que deveria.

A insônia diz que nada mais se forma a não ser o que pode ser logo depois totalmente destruído. Destruição como potência absoluta.

Então, o que causa esta permanente seqüência de lapsos autodestrutivos?

Propensão natural para o desaparecimento acredito que todos nós detemos.

Mas uma constante mutilação espiritual ultrapassa os limites do que se diz normal.

Do que se diz enviado por Deus. Já que os limites do óbvio esbarram na falta de autoridade dos que dizem tê-la.

Será que aquele que não espera que seu próximo dia seja diferente do que ele agora vive, poderia ser domesticado, a ponto de esperar que sua noite passe para que junto com o desbravador da escuridão também se erga um leve sentimento de bonança?

O azul só pode sê-lo para os que já o viram antes.

Como o desespero só pode atingir aos que já estiveram tranqüilos.

E a maior dor é aquela que ultrapassa os limites físicos e se infiltra nas piores almas, fazendo-as dependentes deste pobre sentimento...


e.k.

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