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Comoção!


Entre fracos e oprimidos esconde-se o opressor, o destruidor,
A elevação destruidora da razão reside no fato camuflador de auto excluir-se, de vivenciar o irreal,
Mas onde está o irreal, nas tvs, nos rádios, hipostasiado, logrado?
Alguns atos religiosos exprimem-se irônicos, dilacerados pela distância entre o céu teórico e o inferno prático, residindo ao mesmo tempo em templos sagrados, consagrados-lacrimejados, escondidos numa velha mesma retórica degradada em fatos comumente reais, ó Pai...
Lei do silêncio, fuga meticulosa ao momento alheio, ao convite de uma certeza incomum e irreal, já que os melhores lugares distanciam-se em milhares de quilômetros, e nunca escarnecem sua beleza,
Falam do demônio como inimigo, amigo-irmão, o convalescente e com as mesmas práticas demoníacas da práxis me,
Deus, demônio, insetos, aos olhos medíocres estão e são o mesmo, compactuam da mesma doença, da mesma descrença em um agora melhor, numa vivência compatível com a suposta crença, como o que há de divino e real,
Com a suposta irrealidade real...






                                                                                                                    e.k.

O nada como semente!

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Após longos e sofridos passos, um futuro estranho se aproxima,
A longa jornada acabou, e agora, tudo parece estar mais próximo do seu lugar, de tudo o que lhe é devido,
Ao fim de mais uma pequena contestação, os desejos mais escondidos e negados, florescem, emergem, como se fossem uma explosão,
Daí, o verdadeiro se mostra, os inimigos tornam-se irmãos,
Quando este mesmo nada desaparece, o homem cresce, e tudo o que lhe estava adiante, se torna mais próximo,
Agora, tudo o parece mais amigável,
O prazer do opressor pode não ser a destruição do outro, mas a sua permanência, o ajudar, pode tornar-se nada mais do que a dependência do outro, sendo demonstrada, gritada, mesmo que só seja um grito à dentro,
Este futuro parece mais próximo, mais acalentador,
Os que contemplam a boa satisfação, nada mais almejam, do que a permanência deste mesmo estado,
Não há futuro, só permanência,
Os que não se inserem neste belo raio, a nada mais se inserem, e o deus da inveja, os quer implantar seu domínio,
E mesmo quando esse velho não o consegue, o deus do cansaço o faz,
É quando sua desistência constrói sua decadência, uma decadência estranha, por trazer o futuro para mais perto, para o que pode ser tocado,
Este futuro, é o que sempre foi almejado, então não era um futuro, mas o que é agora: nada!
Mas um nada que os faz viver, que os trouxe liberdade, que os devolveu sua vontade,
Suas palavras agora são ouvidas, até podem ser aplaudidas,
Mas há algo maior, o que eles antes deste futuro-presente começar, chamavam de credulidade – é uma pena que neste futuro, não haja espaço para tal sentimento.
Neste futuro, o que sempre foi renegado, é o que agora é semeado,
Mas não se pode prever o futuro, só se pode pedir aos que possam construí-lo, que façam uso de decência,
Pois nem sempre o que planta a semente, é o que colhe o fruto.




                                                                                                                                                             e.k.

Habitat



Longe de ser um belo mundo, pois uma espécie não tão rara de seres cancerígenos povoa sua face

Em masmorras enferrujadas e sujas permanecem suas boas vontades, suas verdades mais nobres

Tais seres ignoram a putrefação constante de sua carne, detentores de um espírito ocioso e inacreditavelmente mesquinho e mentiroso

São seres horrivelmente “estranhos”, engasgados em medos e devaneios entornados em míseras desculpas e justificativas medíocres para a finitude de suas possibilidades

Algo fútil o suficiente para alavancar suas almas ao ócio infinito, a fúria desmedida -- a verdade que não cessará de ser mostrada pelos ainda loucos e amantes do que de puro ainda pode ser sentido

Mas, para tais seres, que buscam incessantemente o que de mais ignóbil e superficial pode haver, permanecem escondidos em suas tocas sujas, revestidas de falsos sentimentos, cobertos por suas máscaras de anjos e santos, esperando uma satisfação que nunca alcançam, que nunca vem, sendo isso, sua principal falidez

Mas sob as regras da natureza, contraditoriamente infalíveis, tais furtos sempre são ressarcidos, sempre são compensados... sob a ausência de amor, sob o abraço da dor, da solidão, padecerão tais almas... pois, receberão, não pelo que parecem ser.. mas pelo que são!



                                                                                                                e.k.

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