O fogo aceso na mão de um muro,
Os lábios encharcados, os olhos bem secos,
A fé reduzida, os medos acordados,
Um futuro incerto, algumas coisas como alguns deuses que sobraram
Um pequeno suspiro, um gemido, um estalo
Algo feito de fezes, de esmolas, de uma enorme falta de compreensão, de motivação
Pequenos ferimentos, poucos instintos, má determinação
Estátuas feridas, um sangue que escorre, de um corte imundo,
Pequenas vidas, assobios, cães e gatos, reles animais de estimação,
Como os monstros nos espelhos, como os vermes nos sonhos, os que nunca acordarão,
Lapso de humanidade, contorno gélido e sombrio, auto-aniquilação
Desespero latente, maldade consoladora de corações, ingenuidade, um futuro medíocre,
Um ódio que conspurca, que amaldiçoa, que solidifica,
Uma idiota escolha perante santos que nunca dirão o que se quer ouvir, nunca falarão de amor, de bondade, do que realmente nutri um coração,
Salvarão vidas, amarão pessoas, criarão um novo mundo,
Saberão sorrir, saberão chorar,
Amarão a dor, como a um irmão,
Sentirão o ódio que pelos loucos foi amado, erguido e venerado
Um ódio faminto pelas escolhas que por muitos foi o seu deus, sua vida e sua morte
Uma hipocrisia faminta, mas em decomposição, em estado de alerta,
“Stand by” dos imbecís…
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Givalte de melo